domingo, 19 de setembro de 2010

tempo

Agora percebo como o tempo pode ser cru, doloroso e lento. Como pode ser espontâneo, agradavel e rápido. Engraçado, como consegue cruzar caminhos ou traçá-los diferentes.
Mas neste momento, ele tem sido rápido, doloroso, frio e solitário. Tem virado as costas e passado por despercebido. Quando o poderei agarrar? Quando poderei sentir, finalmente, que o tenho bem preso na minha mão e que agora eu o posso controlar? Quando parará de correr? Só quero que ele se canse de passar, pois quanto mais avança, mais tudo se expande, mais tudo se afasta. Cada um vai seguindo o seu caminho, nem tão longe, nem tão perto. Apenas não é aqui. Vai marcando saudade por onde vagueia.
Ainda sei qual é a sensãção da espera infinita, do tempo que nunca mais passava e eu só queria ir embora... agora, quero aproveitar cada segundo e preciso de aproveitar, pois o tempo passa e nem dou por ele. Deixa-me completamente rendida à incerteza, à espera de mais um minuto, uma hora, um dia. Sem qualquer memória ou recordação, apenas com a dúvida de que se aquele momento havia acontecido.
Sinto que o meu ontem foi o mesmo de há semanas atrás e o meu amanhã poderá ser o mesmo que recordarei como ontem.
É uma desordem constante e uma definição tão incerta.
Apenas me revelei ao meu pensamento e àquilo que se tem passado nos meus dias.
Vou continuar por aqui, não tenho pressa. Só precisava que o tempo esperasse por mim, pois há quem me esteja a fugir por entre os dedos, e só os quero ter no coração.

Boa noite.

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